1 de out. de 2017

A mãe que eu quero ser - um desabafo sobre sonhos e a vontade de Deus


Eu não quero ser mãe nem tão cedo, apesar de alguns momentos ser o que eu mais desejo. Eu acredito que ser mãe é uma responsabilidade maior do que imagino, mesmo já tendo aprendido bastante sendo irmã mais velha. Às vezes, dando o banho no Artur, imagino como será ele ou ela. Menina ou menino? Pele branquinha como leite ou moreninha irresistível? Olhos claros como os meus, ou castanhos, quem sabe pretos? Personalidade forte e tímido ou delicada e espontânea? Ah, eu não sei. Mas eu confio que o meu Deus conhece o meu neném antes mesmo que eu constitua uma família e venha gerar o milagre da vida em meu ventre. Eu confio que Ele moldará com Suas próprias mãos cada pedacinho do seu corpo e colocará as características certas em seu jeito de ser.

Todavia, acima dos meus sonhos, eu me rendo ao Seu querer perfeito para minha própria vida. Ao cair da noite, em meio ao cansaço da rotina, sei que daqui há uns anos viverei uma realidade diferente e que essa realidade pode ser leve como aparentam as nuvens em dias de sol ou então pesadas e escuras como em dias de chuva... irá depende de mim. Ser mãe é isso, trazer harmonia a atmosfera do lar mesmo quando o caos insiste em se instalar. A mãe quase sempre tem as palavras certas, o jeito correto, a atitude mais coerente para toda a situação. Sim, quase sempre, porque ela é imperfeita e também chora, se cansa e sente dor. Entretanto, uma mulher que decide ser realmente mãe - afinal é uma decisão diária renegar seus desejos, horas de sono, programas legais, sonhos profissionais, entre outros - persiste em buscar a coragem, o amor e o equilíbrio por amor aos seus filhos.

Reconheço que além de ser uma responsabilidade para o resto da vida, assim como dizem. É uma vida inteira de sacrifícios. O medo vem como bomba em direção ao meu coração ao refletir nisso. E se seu não for capaz? E se eu não for perfeita suficiente para ele ou ela? E se eu errar? E se eu não conseguir sempre? É incrível como todas as vezes o Espírito Santo me lembra que em Sua palavra está escrito que Ele me aperfeiçoa. Que eu não preciso ser perfeita, mas sim não desistir de tentar ser cada dia uma mulher melhor. Que se eu errar, Ele estará lá me aguardando com graça e misericórdia. Que eu se eu não conseguir sempre, Ele permanecerá ao meu lado para juntos tentarmos de novo.


A mãe que eu quero ser é incrível. Meiga, sábia, amorosa, disciplinadora, corajosa. Meu Deus sabe disso melhor do que eu até! Porém, sempre que coloco expectativas sobre quem serei e temo se serei capaz, Ele me lembra que o meu amanhã é responsabilidade dEle. Eu sou limitada ao tempo, Ele é o dono das horas e estações. Ele me faz recordar que uma vida de sacrifício não se inicia com a maternidade ou com o casamento, mas com uma vida de entrega e submissão a Sua vontade - independente do status de relacionamento. A mãe que eu quero ser tem inúmeras características, todavia tenho aprendido com Ele que melhor do que mentalizar como necessito ser. Devo deixar Ele conduzir minha vida, transformar-me por dentro e se necessário também por fora, aprendendo a renunciar meu próprio eu para que Cristo viva em mim.

É uma caminhada de transformação dia após dia. A mãe que eu quero ser não florescerá somente após o casamento e a descoberta da gravidez, a mãe que eu quero ser vai tomando forma a partir de hoje e todos os dias que se seguirão até o finalmente. A mãe que eu quero ser antes de tudo isso é uma Ellen ainda mais parecida com Jesus que terá como maior propósito de vida apontar seus filhos a Cruz de Cristo. A mãe que eu quero ser antes de ser mãe é filha que todos os dias deseja agradar ao Pai para que finalmente seja a mãe que o próprio Deus deseja.

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